É TARDE É TARDE É TARDE É TARDE ÉTARDE

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Obaluayê Omulu Atotô meu Pai

Conta a lenda que Omulu foi salvo por Iemanjá quando sua mãe, Nanã Buruquê , ao vê-lo doente, coberto de chagas, purulento, abandonou-o numa gruta perto da praia, Yemanjá recolheu Omulu e o lavou com a água do mar. O sal da água secou suas feridas. Omulu tornou-se um homem vigoroso, mas ainda carregava as cicatrizes, as marcas feias da varíola. Omolu, Obaluaiê, Sapatá, Xapanã, Jagun, Orixá, santo, umbanda, candomblé. Orixá Yemanjá confeccionou para ele uma roupa toda de palha da costa . E com ela ele escondia as marcas de suas doenças. Ele era um homem poderoso. Andava pelas aldeias e por onde passava deixava um rastro ora de cura, ora de saúde, ora de doença. Mas continuava sendo um homem pobre. Yemanjá não se conformava com a pobreza do filho adotivo. Ela pensou: "Se eu dei a ele a cura, a saúde, não posso deixar que seja sempre um homem pobre". Ficou imaginando quais riquezas poderia dar a ele. Iemanjá era a dona da pesca, tinha os peixes, os polvos, os caramujos, as conchas, os corais. Tudo aquilo que dava vida ao oceano pertencia a sua mãe, Olocum, e ela dera tudo a Iemanjá. Iemanjá resolveu então ver se tinha algumas coisas que pudesse dar para Omulu Iemanjá se enfeitava mesmo era com algas. Ela enfeitava-se com a água do mar, vestia-se de espuma. Ela adornava-se com o reflexo de Oxum , a Lua. Mas Iemanjá tinha uma grande riqueza e essa riqueza eram as pérolas, que as ostras fabricavam para ela. Iemanjá, muito contente com a sua lembrança, chamou Omulu e lhe disse: "De hoje em diante, es tu quem cuidas das pérolas do mar Serás assim chamado de Jeholu, o Senhor das Pérolas" Por isso as pérolas pertencem ao Orixá Omulu. Por baixo de sua roupa de palha , enfeitando seu corpo marcado de chagas, Omulu/Obaluay
ê ostenta colares e mais colares de pérola, belíssimos colares. Características De Omolu Seu Dia da semana: segunda-feira as suas Cores: preto, vermelho e branco o seu Símbolo: Xaxará (um tubo de palha trançada com sementes mágicas e segredos dentro). Númerologia: 13 Comida (adimu): pipoca Saudação: Atotô!

sábado, 13 de agosto de 2016

"MACUMBEIRO" "MACUMBA" "FEITICEIRO" PORQUE TANTA CONFUSÃO ?

Quase sempre ou sempre , somos ofendidos, discriminados, atacados por pessoas completamente IGNORANTES , usando essas palavras para xingamentos e ofensas nos colocando dentro de um rótulo : MACUMBA/ MACUMBEIRO/ = PESSOA QUE FAZ O MAL .
O objetivo dessa postagem e desmistificar , esclarecer a origem dessa palavra usada tão pejorativamente contra qualquer um que se identifique com as religiões de matriz AFRICANA.

ATABAQUES   _OS INSTRUMENTOS SAGRADOS DA UMBANDA_

Anteriormente ao Atabaque, se deu início um instrumento antigo
conhecido como "macumba", utilizado para as percussões musicais, e
esse instrumento era formado por uma casca de árvore e duas varetas de
bambu, que eram batidos sobre a casca, um tanto parecido com o
reco-reco de origem africana.


    Após o instrumento "macumba", nasceu o Atabaque pelas mãos dos
africanos, e esse é feito em madeira, e os aros de ferro que sustentam
o couro, que são esticados de uma forma na qual fique com um som limpo
e agradável.
   O Atabaque antigamente era visto como um instrumento de
feiticeiros, pelo fato de que foram os negros escravizados que os
trouxeram para nosso país.
Primeiramente os Atabaques surgiram na
região Nordeste, provavelmente na Bahia, e nessa região os
Atabaques sempre foram alvo da polícia baiana, pois estava
terminantemente proibido de serem tocados durante o Estado Novo. E
assim para serem tocados somente seria feito na clandestinidade. Esse
fato foi terminado apenas quando em certa ocasião, em uma viagem ao
Rio de Janeiro, Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé do Opô Afonjá , em
São Gonçalo do Retiro, usou de sua influência e conseguiu uma
audiência com o presidente Getúlio Vargas . Ela só queria cultuar a
religião dos seus antepassados e Getúlio não teria como resistir ao
pedido legítimo de uma criatura tão doce. O encontro de Aninha com o
presidente do Brasil resultaria no Decreto 1.202, que permitiu o uso
dos atabaques nos terreiros. O acontecimento é considerado um passo importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos.
Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo da Bahia, em plena festa da "Lavagem do Bonfim ."
     Para entendimento e esclarecimento, vamos descrever o porque o
Atabaque tem toda essa ligação espiritual e divina com as religiões
afro-brasileiras, frisando que isso tem muito a ver com a sua
confecção, e claro com o material empregado nessa confecção, conforme
descrevemos abaixo.

    O Atabaque é composto por 3 elementos naturais, que são:
A  madeira, o ferro e o couro.

    A madeira, que é regida por Xangô, tem a função de equilibrar a
vibração do som e sustentar o cumprimento da justiça divina durante os
trabalhos.

    O ferro, que é regido por Ogum, tem a função de fortalecer o
trabalho realizado no Atabaque, dando garra e força ao Ogã e demais
atabaqueiros, para enfrentar as dificuldades que ocorrerem durante os
trabalhos, e energeticamente garantir a ordem.

    O couro, que é regido por Exú, tem a função de atrair parte das
energias condensadas trabalhadas dentro do Gongá, auxiliando na
limpeza das mesmas, e quando o Ogã toca o couro do Atabaque, a
vibração produzida pelo toque, quebra a contra parte etérea destas
energias, dissolvendo-as no astral.

    Sendo assim, o Atabaque é responsável, juntamente com as Entidades, pela manipulação de três energias básicas, que são: sustentação, ordem e movimento.   

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